quinta-feira, 12 de abril de 2007

Estágios não remunerados: A nova forma de escravatura

Os alunos finalistas e recém licenciados têm hoje uma grande luta pela frente. A de dizer NÃO a estágios não remunerados. As pessoas que fazem a ponte entre as instituições de ensino e o mercado de trabalho são, em grande medida, as principais responsáveis por criar maus hábitos nas empresas que procuram empregados a custo zero. Para explorar, portanto. Não nivelam por cima nem defendem os interesses dos alunos. Calhando, ainda recebem comissão por cada "alunozinho" que arranjam para a empresa do A ou do B. Não vale a pena virem com o discurso "não têm experiência" porque isso só inclui os alunos que estudam de dia. E nem mesmo esses estão dispostos a trabalhar de graça. Ninguém está. Era o que faltava! E os outros? Alguém imagina que um trabalhador-estudante após o curso quer ou precisa de ir fazer estágio NÃO REMUNERADO? Claro que não! Quer sim, fazer estágio para pôr em prática aquilo que aprendeu no curso e consolidar a sua carreira profissional numa determinada área. Não é concerteza para andar a marcar passo... Há até quem proponha estágios para lugares longe da residência dos alunos e nem estadia proporcionam. É uma autêntica vergonha! Por isso, quando vos fizerem propostas indecentes dessas tenham a coragem de dizer não e de denunciar. Só assim se conseguirá acabar com essa corja de exploradores do capital humano.

2 comentários:

j.lip's disse...

encontro-me numa pré-situação complicada. Isto é, será que para mim é-me favorável trabalhar 2/3 meses numa empresa do meu ramo (ciências da comunicação) a realizar estágio, ou numa outra empresa fora do meu ramo a ganhar "umas massas valentes" para poder pagar os meus estudos? Curriculo ou estudos quase pagos eis a questão

Watchdog disse...

Dilemas que nos vão aparecendo e acompanhando durante uma vida... Neste caso é o velho problema da "pescadinha de rabo-na-boca"!