(A imagem é do Mestre KAOS)
Pela primeira vez na história deste blog vou publicar um post (roubado) na íntegra ao Arrebenta, das Vicentinas de Braganza. Motivos? Porque o subscrevo inteiramente e porque vale a pena divulgá-lo e difundi-lo na blogosfera! Aqui vai:
Mestres, Mestrandos, Mestranços, Amestrados e Golpes de Mestre
Hoje acordei com vontade de soltar a Rosa Lobato Faria que paira dentro de mim, e, portanto, vamos jogar às coisas sérias. Gosto muito de andar a brincar às Maddies, mas confesso que, até hoje, utilizei uma táctica muito especial, típica da Corja que nos governa, e que é manter o pagode entretido com um tema irrelevante, enquanto vai fazendo cozinhados pela calada.
Hoje, quero que a Maddie vá dar uma curva, e vou pôr um alvo bem no centro da testa daquele ser ignóbil que se chama Lurdes Rodrigues, e com epígrafe daquele lindíssimo verso de Fernando Pessoa: "O Mariano sonha; a Lurdes quer, a Merda nasce"
Vamos começar:
Houve um tempo, remoto, de antes de uma Revolução, que começou nos Cravos e acabou nos Cravas, em que existiam as escolas das pessoas que podiam estudar por ali fora, e as das outras, muitas mais, que só estudavam um pouco, para depois irem... "bulir", "dar ao litro", "esfregar escadas, consertar canos, e marceneirar o que podiam.
Filhos de Bem, e enteados dos outros.
O Mestre, coisa herdada da Guilda Medieval, apenas precisava de ter o equivalente ao nosso actual 9º Ano, e passava a dar aulas aos seus discípulos. Era um/a habilidoso/a de mãos e artes, e passava aos enteados de ninguém os modos de repetir as labutas. Aos 16 já davam uns jeitos, e, aos 18 tornavam-se docentes, de direito.
Grave foi, quando a Revolução dos Efémeros sonhou com igualizar estes Mestres com os Professores do outro Ensino, verdadeiros detentores de Licenciaturas.
Não me perguntem como aconteceu: nessa altura ainda andava a mamar na teta do meu pai, e a história foi-me passada nos arredores de uma abençoada boleia. Para tornar, enfim... pares... equivalentes, as habilitações dos que ensinavam num lado e no outro, agarrou-se nos "Mestranços", deu-se-lhes uma ensaboadelas de coisas fragéis, um "Fanta-Light", com ecos pedagógicos e uns trabalhos de cozinha feitos em banho-maria,
bom,
adiante,
estou-me a alongar muito: consumada a coisa, ficaram com uma frequência de estudos, perto, no tempo, e nos casos mais favoráveis, do 12º Ano; os outros... na fase do chamado... "Nono-mais-um"...
Tudo isto seria fantástico se a Perturbada que tutela o Ensino em Portugal, quando abriu o seu célebre Concurso de Professores Titulares, uma das mais espantosas fraudes e apoteoses do Vazio, da Falência e da valorização da Incompetência, não se tivesse esquecido de que esses "Mestranços", do Nono-mais-Um, ou do Nono-mais-Três, já estavam todos, devido ao longo tempo de serviço -- já passaram 33 anos desde o 25 de Abril... -- no Topo da Carreira.
Vou agora utilizar a táctica típica da Camorra que nos "governa": lançar a lebre da inveja, e falar de números, com a boca toda aberta em forma de "OOOOHHHH"!...
Queram factos?...
Vamos aos factos:
Vamos ter pessoas com o equivalente a 10 ou 12 anos de estudo a tutelar (!) pedagogicamente licenciados, mestres e doutores (!).
Querem saber mais -- agora vou ao estilo "Correio da Manhã"... -- quanto custa ao Erário cada um destes tubarões de poucos estudos?...
Eu respondo: 2000 e tal euros/mês, com direito a Subsídio de Natal e Férias.
Querem que adopte o estilo "24 Horas"?...
Vamos a isso:
Por baixo, 2000 € x 14 faz 28 000 € limpos/ano.
Não gostou?
Eu adorei, e mais ainda vai adorar a Lurdes, Sopeira, que teve nas mãos uma belíssima oportunidade para fazer separar as águas desta pouca-vergonha, e o não fez.
Quer saber por que não sucedeu?
Porque implicava assumir 30 anos da situação, com responsabilidades permanentes do querido PSD, do sonso PS, do permanentemente infiltrado PCP e do efémero CDS, ou seja: de TODOS.
E sabe que mais?... Os sindicatos calam-se, aliás, certos sindicatos, porque os seus delegados sindicais são justamente gente nestas condições, que odeia dar aulas, e tem formações geralmente insuficientes. (Há as honrosas excepções, e aqui vai uma)
Pensavas, Lurdes, que eu andava entretido com a Maddie, não era?... Pois não andava, querida: estava-me era a preparar para te pôr esta bomba ao colo, usando exactamente as mesmas tácticas que vocês todos utilizam: distrair, para o lado, criar o sentimento de inveja, e depois dar a facada.
Está dada, e vou espalhá-la por toda a Blogosfera.
Um beijo deste teu sincero admirador, Lurdes.
Publicada por Arrebenta em 2:59
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