O dirigente da secção da Amadora do PSD, Carlos Reis, diz que foi alvo de uma tentativa de agressão por parte do candidato a vereador Sérgio Lipari, do mesmo partido. Este último nega e ameaça o primeiro com um processo por difamação.
Tudo se terá passado no Terreiro do Paço, em Lisboa, há cerca de hora e meia, altura em que terminou a última acção da campanha laranja para a autarquia. O cabeça de lista, Fernando Negrão, já se tinha ido embora, tal como o líder do partido, Marques Mendes.
Carlos Reis e Sérgio Lipari têm velhas desavenças. O dirigente do PSD da Amadora é dos sociais-democratas que defenderam que a lista do partido que concorre à autarquia devia ser totalmente renovada, em vez de incluir pessoas que já foram vereadores no anterior mandato, como Lipari e outro colega seu.
Apesar das desavenças, Carlos Reis avançou para o ex-vereador para o cumprimentar. Lipari diz que se limitou a recusar-se a estender-lhe a mão, tendo o caso ficado por ali. A versão do outro é diferente: “Ameaçou-me verbalmente e ainda encenou um gesto de agressão, mas foi agarrado por outros militantes.”
Para o candidato à Câmara de Lisboa, tudo não passa de uma “cabala”. “Ele é que podia querer bater-me, pois tem mais corpo que eu”, acrescenta Lipari.
Outro dirigente social-democrata presente, Luís Nobre, diz que não assistiu a nenhuma tentativa de agressão: “Alteraram-se um bocadinho e trocaram umas palavras mais agrestes. Peguei num deles para o levar a tomar café. Mas já está resolvido, não vale a pena empolarmos o assunto.”
Reagindo à ameaça de uma acção por difamação, Carlos Reis diz que avançará também ele com um processo-crime por tentativa de agressão. “Nem em sítios como a Cova da Moura, a Buraca ou a Falagueira me tinha acontecido uma coisa assim”, observa.
(Fonte: Público)
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