É óbvio que esta situação de maus-tratos só veio a público porque outra empregada da instituição a presenciou e teve a coragem para denuncia-la! Quantas e quantas crianças são maltratadas entre as paredes destas instituições, sem que nunca se saiba? E quando falo em instituições para crianças desamparadas, não me refiro apenas à Santa Casa da Misericórdia... Relembro o célebre caso do responsável da Casa do Gaiato de Setúbal, um tal de padre Acilio Fernandes, que, enquanto dava uma entrevista negando acusações de maus tratos naquela instituição, esbofeteou uma criança que por ali passava e que o estava a incomodar, durante a referida entrevista...Este tipo de instituições, principalmente as "Santas Casas", (que de santas, não têm nada...) que sobrevivem essencialmente das "doações generosas" e que, deveriam desempenhar um papel mais actualizado sobre os novos desafios e novos contextos destas micro-sociedades, ( tanto nos lares de crianças, como nos lares de idosos), que deveriam ainda, investir muito mais em pessoal realmente qualificado, insiste nos seus métodos pouco ortodoxos de educação, completamente desfasados da realidade há já algum tempo, e que tem como complemento, "gente desta", ao seu serviço...No caso das crianças, depois de serem educadas e tratadas desta forma, basta olhar para as estatísticas para se contarem pelos dedos, os casos com taxa de sucesso de integrações ou reintegrações, na sociedade...Deixo uma última palavra de apreço e admiração, para o Refúgio Aboim Ascensão e para Luís Villas-Boas, pelo fantástico Trabalho e Humanismo em prol das crianças...(fonte: Correio da Manhã)
domingo, 23 de setembro de 2007
Santa Casa... pouco misericordiosa!
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