Isto de cada vez que vêm a público notícias como as que dão conta da (má) situação económica que o país atravessa, do desemprego a aumentar fruto do encerramento de empresas e não só, da criminalidade a subir, e aqui, há um despontar de novos fenómenos como o carjacking, o multibancojacking, etc. Depois há a pedofilia, ainda hoje alguns jornais destacam o assunto e apresentam o aumento alarmante de casos e o crescente abaixamento da idade das crianças abusadas. É urgente a necessidade de repensar o sistema... Depois existem aqueles delitos mais ligeiros que quase sempre existiram, como são os casos de agressões de alunos a professores ou vice-versa, e que agora fazem as delícias e são escalpelizadas até ao ínfimo pormenor pela comunicação social entrentendo a opinião pública como se de uma novela se tratasse. Mas se se falam neles quase diariamente provavelmente é porque a sua taxa de incidência subiu. E aproveitando a embalagem já que estou a falar de escolas, nos últimos dias também saltou para as manchetes dos jornais um relatório apresentado pela ministra da Educação e concluído em Dezembro do ano passado, que revela o número de armas apreendidas nas escolas pela PSP referentes ao ano lectivo 2006/2007. Como resultado do bruááá em redor do referido relatório, o secretário de Estado da Administração Interna veio logo desdramatizar dizendo que achava «normal» o número de armas apreendidas e que as coisas estão «controladas»...
Voltando ao início deste texto que escrevo, dizia eu que, por cada vez que vêm a público este tipo de notícias, o Governo através dos mais diversos veículos que dispõe e manipula, desfaz-se em apresentações teóricas de estatísticas, números, estudos, etc, que contrariem a realidade e o que é revelado na prática, o que se apresenta no terreno. Indigna a forma aligeirada e cor-de-rosa de como este Governo se posiciona perante certas evidências. A forma como se desdobra para as minimizar. Utópica!
3 comentários:
Às vezes pensamos que as mentiras do Governo são claras para toda a gente, mas não são! E os blogs estão para ficar e denunciar todas as situações de branqueamento.
Na sociedade chamada da informação, inundar-nos com dados que nos transcendem e incessantemente debitar notícias são aspectos da mesma estratégia dos tempos em que o acesso à informação era limitado às elites: manter a população num estado generalizado de desinformação.
Dizia alguém: "eles têm as armas, nós temos os números"
Dir-se-á agora: "eles têm os números, nós vivemos os factos"
Um abraço com as nossas contas
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