Expliquem-me como se eu fosse burro!

(imagem do KAOS)

Começo este post com uma pergunta que gostaria que o primeiro-ministro Sócrates me respondesse: Porque é que interessa ao Governo que os portugueses sejam cada vez mais burros?...

Após muitas manifestações, greves, reuniões e debates depois, o Ministério da Educação e a Plataforma Sindical de Professores chegaram a acordo. Da minha parte estaria satisfeito e descansado com o futuro do ensino em Portugal, mas infelizmente este acordo de ambas as partes envolvidas não é sinónimo de uma mudança positiva nas políticas de ensino. Não significa que o Governo cedeu. Tenho acompanhado as notícias ao longo do dia relativamente ao assunto, que dão conta que apesar de ter havido acordo, tudo fica como dantes... aliás, há poucos minutos atrás acabei de ver e ouvir José Sócrates reforçar e dar mais corpo aquilo que eu e muitos pais, professores e educadores, receávamos: O primeiro-ministro afirmou que não houve recuo nem cedências do Governo neste acordo com a Plataforma Sindical de Professores. Então, não consigo entender a razão para tal acordo. Por exemplo, o modelo de avaliação de desempenho, se tecnicamente o modelo proposto pelo Governo é uma teia burocrática, não serve, implica despender muitas horas em preenchimento de formulários, horas essas que deveriam em princípio ser dedicadas aos alunos, e foi precisamente uma das grandes bandeiras da luta da classe docente contra Maria de Lurdes Rodrigues, custa-me a perceber a repentina mudança de posição dos sindicatos. Continuo preocupado com o futuro da educação em Portugal! Até já me perguntei se não foi em vão aquela manifestação que juntou 100 000 professores. Com este acordo ficou definitivamente escancarada a porta da iliteracia para os nossos filhos, homens e mulheres de amanhã. A juntar-se a isto, o Acordo Ortográfico, então agora é que vai ser bués da fixe!