Habitualmente aos domingos no Público, o sociólogo António Barreto escreve as suas crónicas "Retrato da Semana". A crónica de hoje tem um título elucidativo e sugestivo "OPA sobre o país"... Do conteúdo da referida crónica retirei algumas frases que passarei a citar, deixando-as à vossa apreciação:
"É a tentativa visível e crescente de o Governo tomar, orientar e vigiar. Quer saber tudo sobre todos. Quer controlar."
"Quando o Governo de Sócrates iniciou as suas funções, percebeu-se imediatamente que a afirmação da autoridade política era uma preocupação prioritária."
"Devo dizer que a intenção não era desagradável. Merecia consideração. A democracia portuguesa necessita de autoridade, sem a qual está condenada. Lentamente, o esforço foi ganhando contornos. Mas, gradualmente também, foi-se percebendo que essa afirmação de autoridade recorria a métodos que muito deixavam a desejar. Sócrates irrita-se facilmente, não gosta de ser contrariado... O primeiro-ministro importa-se e pensa que tal pode ser evitado. Quanto mais não seja colocando as pessoas em situação de fragilidade, de receio ou de ameaça."
"A criação, anunciada esta semana, de um ficheiro dos funcionários públicos com cruzamento de todas as informações relativas a esses cidadãos, incluindo pormenores da vida privada..."
"Finalmente, o processo que Sócrates intentou agora contra um "bloguista" que, há anos, iniciou o episódio dos "diplomas" universitários do primeiro-ministro é mais um passo numa construção que ainda não tem nome."
NOTA: Para além do que citei sobre esta crónica de António Barreto, existem também referências à OTA e ao processo disciplinar instaurado contra um professor que "desabafou" ou "insultou" o primeiro-ministro...
7 comentários:
Que moral tem este sr,para falar de justiça social.Com o seu passado e medidas que tomou devia era pensar antes de falar.Na teoria é sempre facil,na pratica é que são elas.
E comentar sob a capa do anónimato também é fácil !...
Bem… eu lembro-me do Barreto de "outros carnavais" e acho que ele está a cuspir num prato onde já comeu. Mas como acredito na mudança, dou-lhe o benefício da dúvida. A ocasião faz o ladrão e talvez a sua ocasião já tenha prescrito.
Pita, o António Barreto até pode estar a "cuspir no prato",ter "telhados de vidro",etc. Mas na crónica tem toda a razão, não está a ficcionar, é a nossa "realidadezinha"... 1 Abraço!
watchdog,opinar sob a capa do anonimato é um direito que me assiste.Mesmo assim e como disse a pita-cega e muito bem,o sr BARRETO agora fala.... mas há quem não esqueça.
para:o anonimo
opinar sobre a capa do anonimato não e nada direito qe te assiste.
Estou farto de vivermos da opinião dos fazedores dela, barretos, tavares, marcelos, pachecos e outros mais! Na blogosfera muitos com menos nome os superam!
Por vezes, a fluência de verbo e de escola destes senhores, especialistas em tudo no particular e nababos no geral, faz belas melodias: já tinha lido o texto, subscrevo-o, gostei - mas vindo de quem vem não me eternece!
Pois não foram estes mesmos senhores que cuspiram entusiasmo quando a corja de sócrates começou a acenar ordens do trono!?
- Das duas uma, ou eu sou mais especialista do que eles ou a sua especialidade é outra!
- Podem-me convencer mas não me enganam!
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