Pelo que assisti (e baseado numa hora apenas) do debate dos principais candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, em traços muito breves e totalmente apartidário, vou escrever acerca da minha sensibilidade sobre os mesmos:
Helena Roseta: Esclarecedora, realista e contra o despesismo camarário, aberta a sugestões e a uma participação conjunta e saudável de todos os futuros eleitos.
José Sá Fernandes: Com lucidez e muito conhecimento do património da capital. “O Zé faz falta”, tal como a Helena e o Ruben.
Telmo Correia: Muitos números, alguns gráficos, algumas utopias e um estilo muito “Pit-Bull” (a "morder" em tudo o que mexia)... “Meteu os pés pelas mãos” na questão da privatização do lixo camarário.
Fernando Negrão: Automático e por vezes agressivo! De resto, completamente alheado da realidade de Lisboa. A sua estratégia passava mais por um debate a dois. (que democrático!)
Ruben de Carvalho: Fala com conhecimento de causa , pois estava lá... Uma mais-valia!
António Costa: Um discurso muito low profile , um bocado a sua imagem de marca. Talvez algo surpreendido com o conhecimento e a argumentação de alguns candidatos, mas no fundo concordante. Já não cheguei a assistir à pergunta que Negrão lhe queria colocar: “Se estava com o governo, ou com os lisboetas, em relação ao (novo) aeroporto?”. Destaque ainda para a confontação de que foi alvo por parte de outro candidato, sobre quando ainda desempenhava funções de M.A.I. e tinha conhecimento da situação em que a Câmara se encontrava e não actuou em conformidade...
Carmona Rodrigues: No inicio, bem tentou justificar-se e apresentar novos projectos e soluções que tinha “na manga” antes da Câmara cair, mas por mais voltas que dê, não há volta a dar!... Se houvesse um buraco naquele estúdio... NOTA: Todos os candidatos tiveram "tempos de antena" democráticamente semelhantes!
8 comentários:
aqui está uma opinião bem facciosa de quem já tinha decidido dizer mal do Negrão mesmo antes de assistir ao debate.
Há quem queira que o PSD tenha o pior resultado possível para apear o MM? Pois mas o PSD é que não merece e quem por ele dá a cara também não. Ora ponha-se nesse lugar e veja se gostaria de ter adversários do seu calibre...
Impressionado com teu trabalho. Civismo como deve ser, pá! Good malha.
Como não vi o debate, gostei do teu post pela simplicidade e esquematização do debate que fizeste.
Fiquei esclarecido.
Abraço!
pelos vistos vais optar ou pela roseta ou pelo sá fernandes.
Caro Anónimo, nada tenho "empatado" em Lisboa, eu nem sequer voto lá, apesar de ser lisboeta de nascença. Limitei-me apenas a escrever um pouco sobre aquilo que vi e ouvi. Nem sequer era para assistir ao debate, quanto mais ter opiniões já formadas... Como escrevi no "post", sou apartidário, não possuo qualquer vínculo político, mas como qualquer cidadão com consciência cívica, tenho opinião!
Também não vi o debate e também não voto em Lisboa mas não me importo de dizer de modo claro (e não anónimo) que, embora seja apartidário, me revejo totalmente nas tuas escolhas. Até porque ao fim de trinta anos de democracia e socialismo de gaveta, nem é necessário ver debates para conhecer as ideias de cada sector político. Quem sempre teve o poder em Lisboa e no país, já deu provas suficientes daquilo que é capaz de (não)fazer.
Sou um bocado "chata" sempre a falar do passado. Mas neste caso não será um indicador, por exemplo, o Dr. Fernando Negrão ter sido suspeito de violação do segredo de justiça enquanto director da Polícia Judiciária (PJ)facto que o levou a demitir-se do cargo?
É que no ano 2000, Fernando Negrão, mais tarde ministro da Segurança Social, foi acusado pelo "Diário de Notícias" (DN) de ser a fonte de uma informação protegida pelo segredo de justiça, no caso da Universidade Moderna.
Em questão estava a informação alegadamente dada por Negrão a uma jornalista - e que teria sido escutada por dois membros da direcção do DN - de que estavam em preparação mandados de busca às instalações da Moderna. Essa informação foi publicada no dia 6 de Março de 1999, data em que decorreram as buscas.
Ora, se havia alguma coisa a esconder nessa Universidade, por causa disto, poderia uma investigação que leva meses ou anos e que custa muito dinheiro ao Estado, ter ido "por água abaixo".
Denunciado como alegada fonte da informação, Fernando Negrão confrontou em tribunal a versão da jornalista, tendo a juíza desembargadora que analisou o caso concluído que as contradições entre os dois eram de tal modo incompatíveis que era impossível apurar a verdade. Em consequência, o processo foi arquivado, com firmes protestos da parte do procurador-geral da República da altura, Cunha Rodrigues.
Gostei do post. E também eu não vi o debate pelo que não posso ter grande opinião do mesmo. Mas é como a pita cega disse, já nem é preciso ver os debates para saber o que estes candidatos valem.
Estou com o Sá Fernandes mas também gosto da candidatura da H. Roseta.
Quanto ao "anónimo", só o facto de assinar como tal retira-lhe qualquer credibilidade. Tu assumiste um post e ele não assume nada. Para dizer que apoia o PSD tem que o fazer no anonimato...ora ao menos tem vergonha mas não há pachorra para pessoas que não se assumem.
Reparo que o teu espaço vai crescendo de forma sustentada.
Parabéns.
Abraço
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